Calcário: não basta aplicar, é preciso entender sua importância

A calagem é uma prática muito difundida entre os agricultores, mas ainda existem muitas dúvidas a respeito Artigo: Áureo Lantmann, consultor técnico do Soja Brasil Registra a história que a calagem é uma prática agrícola utilizada há mais de três mil anos pelos romanos, que aprenderam esta prática junto aos gregos. Ainda hoje esta é uma das práticas mais importantes da agricultura e o calcário é um insumo vital para grandes rendimentos na soja e muitos agricultores possuem dúvidas, como: se o calcário deve ser aplicado na superfície do solo, espaço de tempo entre uma calagem e outra, quantidade de.

A calagem é uma prática muito difundida entre os agricultores, mas ainda existem muitas dúvidas a respeito

Artigo: Áureo Lantmann, consultor técnico do Soja Brasil
Registra a história que a calagem é uma prática agrícola utilizada há mais de três mil anos pelos romanos, que aprenderam esta prática junto aos gregos.

Ainda hoje esta é uma das práticas mais importantes da agricultura e o calcário é um insumo vital para grandes rendimentos na soja e muitos agricultores possuem dúvidas, como: se o calcário deve ser aplicado na superfície do solo, espaço de tempo entre uma calagem e outra, quantidade de calcário a ser usado, calcário incorporado ao solo, qualidade dos calcários, resultados esperados da calagem, profundidade de incorporação, dentre outros.

A questão básica sobre estes comentários reside na importância da análise de solos. Ou seja, nenhuma calagem pode ser aplicada de forma correta, em quantidade, qualidade, época e forma, sem o resultado de análises de solos.

Com o advento da amostragem de solos com precisão, pode-se definir, também com precisão, a prática da calagem, de forma a atender todos os comentários citados pelos agricultores.

A calagem tem a função básica de anular efeitos tóxicos do alumínio, promover no solo teores adequados de cálcio e magnésio, reduzir efeitos tóxicos do manganês e o mais importante, adequar o pH da solução do solo, para que os nutrientes macro e micro se tornem assimiláveis pelas raízes de diversas culturas. Bem como ativar os processos biológicos nos solos através da ação dos micro-organismos, importantes para a disponibilidade dos nutrientes e também favorecer a decomposição da matéria orgânica.

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O pH representa apenas uma pequena quantidade do total de acidez do solo e sua correção necessita de poucos quilogramas de calcário. Porém, a despeito da pequena quantidade de hidrogênio (H) na solução do solo, o pH tem um significado prático , pois afeta vários processos relacionados com a química da fertilidade do solo.

Nutrientes como o fósforo tem sua disponibilidade no solo muito afetada pelo pH, valores médios entre 6,5 a 7,0 (medido em água) ou 5,9 a 6,4 (medido em cloreto de cálcio) são considerados valores de pH em que o fósforo tem sua maior disponibilidade, assim como para o potássio. Micronutrientes como ferro, cobre, manganês e zinco tende a diminuir sua disponibilidade na medida em que o pH aumenta.

As quantidades de calcário, assim como a forma de aplicação, a lanço ou incorporado ao solo e também quanto a origem, calcíticos ou dolomíticos, são definidos através das indicações, fórmulas ou equações, para cada tipo de solo de uma determinada região.

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Um fator muito importante a se considerar sobre a calagem é o tempo de reação do calcário nos solos, que é dependente do poder de neutralização (PN) e do poder relativo de neutralização total (PRNT), que devem ter no mínimo 67% e 45%. Informações que devem ser apresentadas quando da aquisição do calcário.

Na melhor das situações, um bom calcário tem seus efeitos sobre a solução dos solos três meses depois da aplicação, tempo em que reagiu apenas cerca de 30% do total aplicado e em que nesse período tenha o solo água suficiente para as reações esperadas. Do total aplicado, efeitos totais serão observados cerca de um ano e meio após a aplicação. Portanto, a calagem só deve ser realizada mediante a interpretação de análises dos solos.

Vamos relembrar alguns itens importantes sobre a calagem:

PRNT: a eficiência dos corretivos é determinada pelo Poder Relativo de Neutralização Total, que reflete a intensidade de reação do corretivo no período de três meses.

Época de aplicação: a calagem pode ser feita em qualquer época do ano, contudo é importante que a aplicação do calcário seja realizada com maior antecedência possível, mínimo de três meses ao plantio.

Áreas sob sistema de plantio direto: antes de iniciar a utilização desse sistema, é necessário fazer uma calagem bem feita, em geral para elevar a saturação de bases a 70% ou 60%%, ou na quantidade determinada pelo método SMP, ou ainda em função das quantidades de alumínio, e saturação de cálcio e magnésio, sempre em conformidade com as características físicas e químicas dos solos. A) para solos argilosos, 1/3 da necessidade calculada; B) para solos de textura media ou arenosa 1/2 da necessidade calculada.

Periodicidade de calagem: a frequência da calagem deve obedecer á critérios técnicos, caso contrário, por falta ou excesso de calagem, podemos ter sérios problemas de toxidez ou falta de macro e também de micronutrientes.

Fonte: Canalrural

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Por que usar calcário?

A utilização de corretivos com alto teor de cálcio, que é o caso do CALCÁRIO XARAÉS, tem indicado vantangens quando da aplicação de adubos potássicos. VANTAGENS EM DINHEIRO E EM APROVEITAMENTO PELA PLANTA, pois a calagem, quando aplicada para antender as exigências das plantas, resulta em maior retenção de potássio no solo diminuindo a lixiviação (perda de nutrientes pela “infiltração” do mesmo solo). Isso implica em menor gsto com a reposição de fertilizantes potássios. Mas não e só. Feita a calagem e obitida a correção desejada, alcançamos a MÁXIMA ABSORÇÃO DE NITROGÊNIO, nutriente este de vital importância para o crescimento das plantas. Além disso, por possuir uma reatividade mais rápida (45 dias), o CALCÁRIO XARAÉS também libera FOSFORO que está “preso” no solo, de forma mais rápida, ficando disponivél às plantas mais rápido.

PORQUE USAR CALCÁRIO?

O aspecto mais relevante e interessante da calagem aplicada em solos ácidos e para culturas pouco tolerantes à acidez é o grande retorno que ela pode proporciona. Com o CALCÁRIO XARAÉS este retorno é extraordinário a partir do primeiro ano, ao contrário do geral. Nota-se ainda que os efeitos da calagem com o passar dos anos são excepcionais.

EFICIÊNCIA RELATIVA DE FRAÇÕES GRANULOMÉTRICAS

Efeito da aplicação de Calcário Sediementar Xaraés (CS) e Calcário metamórfico (CM) e Domomitico metamórfico (DM) em diferentes granulometrias ( peneiras de 5 a 10, 10 a 20, 20 a 50 e 50 a 70 mesh) sobre o PH de um Latossolo Roxo (Lrd) após incubação ao longo de 233 dias (testemunha sem calcário = test).

10 mesh – 2,00 mm
20 mesh – 0,84 mm
50 mesh – 0,30 mm

Particila entre 10 e 20 mesh

REATIVIDADE DOS CALCÁRIOS

Metamórficos: Está ligado com o grau de moagem (granulometria) do calcário e reage com 90 a 120 dias tecnicamente; Sedimentar (Calcário Xaraés) esta ligado a friabilidade e não necessita ser moído e seu pico de reaçao ocorre já ao 45 dias. A eficiência relativa do calcário sedimentar (Calcário Xaraés) é, em geral, superior principalmente  no Latossolo Roxo Distrófico.

Calcário Sedimentar (Calcário Xaraés): Apresenta elevada reatividade inicial mantendo com o tempo esta capacidade. O Calcário Xaraés, por possuir alto teor de cálcio e rápida reatividade (45 dias), possui maior capacidade de neutralização do alumínio tóxico (Al+++) do solo, de modo rápido e eficaz, favorecendo o desenvolvimento das raízes  de forma mais rápida. Em pastagem formada, pode-se aplicar o calcário por cobertura, sem correr risco de intoxicar o gado pelo magnésio (Mg), não havendo necessidade de retirar o gado do pasto para fazer a aplicação.

INFLUÊNCIA DOS CALCÁRIOS SOBRE AS CULTURAS

  • Ação direta e nutritiva na planta;
  • Remoção ou neutralização dos compostos tóxico(Alumínio e Manganês);
  • Retardamento das doenças nas plantas (mais vigor);
  • Acréscimo na assimilação de nutrientes (solo equilibrado);
  • Incremento na atividade dos micro organismos (pH favorável);
  • ATENÇÃO: O crescimento de certas culturas como: Uva, louro, batata, melancia, azaleias e alguns capins, podem ser retardadas pela calagem, pois estas culturas preferem pH mais ácido (4,5 a 5,5)
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Correção da acidez do solo

A maioria dos solos de Mato Grosso do Sul, explorados com agricultura e pecuária, são originalmente ácidos e com baixa disponibilidade de nutrientes. Assim, para a maximização da produtividade, faz-se necessária a correção dessas limitações, através da calagem, a fim de neutralizar elementos tóxicos (Al e Mn), fornecer Ca e Mg, aumentar a disponibilidade de nutrientes (principalmente fósforo e molibdênio) e melhorar o ambiente radicular para o desenvolvimento de microrganismos.

Para isso são empregados calcário, normalmente obtidos através da moagem de rochas constituídas basicamente de carbonatos de Ca e Mg, em proporções que variam em função de seu material de origem. Embora outros materiais, como silicatos, óxidos e hidróxidos de cálcio e magnésio, possam ser utilizados, por questões práticas e econômicas, predomina o uso dos calcários.

Os Calcários de origem sedimentar apresentam como características intrínseca a sua friabilidade, de forma que não necessitam ser moídos.

A capacidade de correção de acidez do solo do calcário , também chamada de poder de neutralização (PN), varia em função da natureza e da proporção dos seus componentes químicos e das características mineralógicas. Contudo, a velocidade de reação e o poder residual dos matérias é dependente também do tamanho das suas partículas. A redução do seu tamanho aumenta a superfície externa e favorece o contato com o solo. Com isso, a velocidade de reação é aumentada , em detrimento do seu efeito residual.

Na avaliação da qualidade dos calcários são considerados os teores e a forma química dos neutralizantes, a granulometria, a natureza geológica dos calcários e a variedade e o conteúdo de outros elementos (micronutrientes e metais pesados). Efetivamente são utilizadas a composição química (conteúdos de CaO e MgO) e a granulometria, por permitirem o cálculo de poder relativo de neutralização total (PRNT), dos calcários, índice este que exprime, em termos globais, a qualidade do calcário.

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